domingo, 12 de dezembro de 2010

Os dragões não conhecem o paraíso

Tenho um dragão que mora comigo.

Não, isso não é verdade.

Não tenho nenhum dragão. E, ainda que tivesse, ele não moraria comigo nem com ninguém. Para os dragões, nada mais inconcebível que dividir seu espaço - seja com outro dragão, seja com uma pessoa banal feito eu. Ou invulgar, como imagino que os outros devam ser. Eles são solitários, os dragões. Quase tão solitários quanto eu me encontrei, sozinho neste apartamento, depois de sua partida. Digo quase porque, durante aquele tempo em que ele esteve comigo, alimentei a ilusão de que meu isolamento para sempre tinha acabado. E digo ilusão porque, outro dia, numa dessas manhãs áridas da ausência dele, felizmente cada vez menos freqüentes (a aridez, não a ausência), pensei assim: Os homens precisam da ilusão do amor da mesma forma que precisam da ilusão de Deus. Da ilusão do amor para não afundarem no poço horrível da solidão absoluta; da ilusão de Deus, para não se perderem no caos da desordem sem nexo.

Isso me pareceu gradiloqüente e sábio como uma idéia que não fosse minha, tão estúpidos costumam ser meus pensamentos. E tomei nota rapidamente no guardanapo do bar onde estava. Escrevi também mais alguma coisa que ficou manchada pelo café. Até hoje não consigo decifrá-la. Ou tenho medo da minha - felizmente indecifrável - lucidez daquele dia.

Estou me confundindo, estou me dispersando.

O guardanapo, a frase, a mancha, o medo - isso deve vir mais tarde. Todas essas coisas de que falo agora - as particularidades dos dragões, a banalidade das pessoas como eu -, só descobri depois. Aos poucos, na ausência dele, enquanto tentava compreendê-lo. Cada vez menos para que minha compreensão fosse sedutora, e cada vez mais para que essa compreensão ajudasse a mim mesmo a. Não sei dizer. Quando penso desse jeito, enumero proposições como: a ser uma pessoa menos banal, a ser mais forte, mais seguro, mais sereno, mais feliz, a navegar com um mínimo de dor. Essas coisas todas que decidimos fazer ou nos tornar quando algo que supúnhamos grande acaba, e não há nada a ser feito a não ser continuar vivendo.

Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.
Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se não fosse nada.

Ninguém perguntará coisa alguma, penso. Depois continuo a contar para mim mesmo, como se fosse ao mesmo tempo o velho que conta e a criança que escuta, sentado no colo de mim. Foi essa a imagem que me veio hoje pela manhã quando, ao abrir a janela, decidi que não suportaria passar mais um dia sem contar esta história de dragões. Consegui evitá-la até o meio da tarde. Dói, um pouco. Não mais uma ferida recente, apenas um pequeno espinho de rosa, coisa assim, que você tenta arrancar da palma da mão com a ponta de uma agulha. Mas, se você não consegue extirpá-lo, o pequeno espinho pode deixar de ser uma pequena dor para se transformar numa grande chaga.

Assim, agora, estou aqui. Ponta fina de agulha equilibrada entre os dedos da mão direita, pairando sobre a palma aberta da mão esquerda. Algumas anotações em volta, tomadas há muito tempo, o guardanapo de papel do bar, com aquelas palavras sábias que não parecem minhas e aquelas outras, manchadas, que não consigo ou não quero ou finjo não poder decifrar.

Ainda não comecei.

Queria tanto saber dizer Era uma vez. Ainda não consigo.

Mas preciso começar de alguma forma. E esta, enfim, sem começar propriamente, assim confuso, disperso, monocórdio, me parece um jeito tão bom ou mau quanto qualquer outro de começar uma história. Principalmente se for uma história de dragões.

Gosto de dizer tenho um dragão que mora comigo, embora não seja verdade. Como eu dizia, um dragão jamais pertence a, nem mora com alguém. Seja uma pessoa banal igual a mim, seja unicórnio, salamandra, harpia, elfo, hamadríade, sereia ou ogro. Duvido que um dragão conviva melhor com esses seres mitológicos, mais semelhantes à natureza dele, do que com um ser humano. Não que sejam insociáveis. Pelo contrário, às vezes um dragão sabe ser gentil e submisso como uma gueixa. Apenas, eles não dividem seus hábitos.

Ninguém é capaz de compreender um dragão. Eles jamais revelam o que sentem. Quem poderia compreender, por exemplo, que logo ao despertar (e isso pode acontecer em qualquer horário, às três ou às onze da noite, já que o dia e a noite deles acontecem para dentro, mas é mais previsível entre sete e nove da manhã, pois essa é a hora dos dragões) sempre batem a cauda três vezes, como se tivessem furiosos, soltando fogo pelas ventas e carbonizando qualquer coisa próxima num raio de mais de cinco metros? Hoje, pondero: talvez seja essa a sua maneira desajeitada de dizer, como costumo dizer agora, ao despertar - que seja doce.

Mas no tempo em que vivia comigo, eu tentava - digamos - adaptá-lo às circunstâncias. Dizia por favor, tente compreender, querido, os vizinho banais do andar de baixo já reclamaram da sua cauda batendo no chão ontem às quatro da madrugada. O bebê acordou, disseram, não deixou ninguém mais dormir. Além disso, quando você desperta na sala, as plantas ficam todas queimadas pelo seu fogo. E, quanto você desperta no quarto, aquela pilha de livros vira cinzas na minha cabeceira.

Ele não prometia corrigir-se. E eu sei muito bem como tudo isso parece ridículo. Um dragão nunca acha que está errado. Na verdade, jamais está. Tudo que faz, e que pode parecer perigoso, excêntrico ou no mínimo mal-educado para um humano igual a mim, é apenas parte dessa estranha natureza dos dragões. Na manhã, na tarde ou na noite seguintes, quanto ele despertasse outra vez, novamente os vizinhos reclamariam e as prímulas amarelas e as begônias roxas e verdes, e Kafka, Salinger, Pessoa, Clarice e Borges a cada dia ficariam mais esturricados. Até que, naquele apartamento, restássemos eu e ele entre as cinzas. Cinzas são como sedas para um dragão, nunca para um humano, porque a nós lembra destruição e morte, não prazer. Eles trafegam impunes, deliciados, no limiar entre essa zona oculta e a mais mundana. O que não podemos compreender, ou pelo menos aceitar.

Além de tudo: eu não o via. Os dragões são invisíveis, você sabe. Sabe? Eu não sabia. Isso é tão lento, tão delicado de contar - você ainda tem paciência? Certo, muito lógico você querer saber como, afinal, eu tinha tanta certeza da existência dele, se afirmo que não o via. Caso você dissesse isso, ele riria. Se, como os homens e as hienas, os dragões tivessem o dom ambíguo do riso. Você o acharia talvez irônico, mas ele estaria impassível quanto perguntasse assim: mas então você só acredita naquilo que vê? Se você dissesse sim, ele falaria em unicórnios, salamandras, harpias, hamadríades, sereias e ogros. Talvez em fadas também, orixás quem sabe? Ou átomos, buracos negros, anãs brancas, quasars e protozoários. E diria, com aquele ar levemente pedante: "Quem só acredita no visível tem um mundo muito pequeno. Os dragões não cabem nesses pequenos mundos de paredes invioláveis para o que não é visível".

Ele gostava tanto dessas palavras que começam com in - invisível, inviolável, incompreensível -, que querem dizer o contrário do que deveriam. Ele próprio era inteiro o oposto do que deveria ser. A tal ponto que, quando o percebia intratável, para usar uma palavra que ele gostaria, suspeitava-o ao contrário: molhado de carinho. Pensava às vezes em tratá-lo dessa forma, pelo avesso, para que fôssemos mais felizes juntos. Nunca me atrevi. E, agora que se foi, é tarde demais para tentar requintadas harmonias.

Ele cheirava a hortelã e alecrim. Eu acreditava na sua existência por esse cheiro verde de ervas esmagadas dentro das duas palmas das mãos. Havia outros sinais, outros augúrios. Mas quero me deter um pouco nestes, nos cheiros, antes de continuar. Não acredite se alguém, mesmo alguém que não tenha um mundo pequeno, disser que os dragões cheiram a cavalos depois de uma corrida, ou a cachorros das ruas depois da chuva. A quartos fechados, mofo, frutas podres, peixe morto e maresia - nunca foi esse o cheiro dos dragões.

A hortelã e alecrim, eles cheiram. Quando chegava, o apartamento inteiro ficava impregnado desse perfume. Até os vizinhos, aqueles do andar de baixo, perguntavam se eu andava usando incenso ou defumação. Bem, a mulher perguntava. Ela tinha uns olhos azuis inocentes. O marido não dizia nada, sequer me cumprimentava. Acho que pensava que era uma dessas ervas de índio que as pessoas costumam fumar quando moram em apartamentos, ouvindo música muito alto. A mulher dizia que o bebê dormia melhor quando esse cheiro começava a descer pelas escadas, mais forte de tardezinha, e que o bebê sorria, parecendo sonhar. Sem dizer nada, eu sabia que o bebê sonhava com dragões, unicórnios ou salamandras, esse era um jeito do seu mundo ir-se tornando aos poucos mais largo. Mas os bebês costumam esquecer dessas coisas quanto deixam de ser bebês, embora possuam a estranha facilidade de ver dragões - coisa que só os mundos muito largos conseguem.

Eu aprendi o jeito de perceber quando o dragão estava a meu lado. Certa vez, descemos juntos pelo elevador com aquela mulher de olhos-azuis-inocentes e seu bebê, que também tinha olhos-azuis-inocentes. O bebê olhou o tempo todo para onde estava o dragão. Os dragões param sempre do lado esquerdo das pessoas, para conversar direto com o coração. O ar a meu lado ficou leve, de uma coloração vagamente púrpura. Sinal que ele estava feliz. Ele, o dragão, e também o bebê, e eu, e a mulher, e a japonesa que subiu no sexto andar, e um rapaz de barba no terceiro. Sorríamos suaves, meio tolos, descendo juntos pelo elevador numa tarde que lembro de abril - esse é o mês dos dragões - dentro daquele clima de eternidade fluida que apenas os dragões, mas só às vezes, sabem transmitir.

Por situações como essa, eu o amava. E o amo ainda, quem sabe mesmo agora, quem sabe mesmo sem saber direito o significado exato dessa palavra seca - amor. Se não o tempo todo, pelo menos quanto lembro de momentos assim. Infelizmente, raros. A aspereza e avesso parecem ser mais constantes na natureza dos dragões do que a leveza e o direito. Mas queria falar de antes do cheiro. Havia outros sinais, já disse. Vagos, todos eles.

Nos dias que antecediam a sua chegada, eu acordava no meio da noite, o coração disparado. As palmas das mãos suavam frio. Sem saber porque, nas manhãs seguintes, compulsivamente eu começava a comprar flores, limpar a casa, ir ao supermercado e à feira para encher o apartamento de rosas e palmas e morangos daqueles bem gordos e cachos de uvas reluzentes e berinjelas luzidias (os dragões, descobri depois, adoram contemplar berinjelas) que eu mesmo não conseguia comer. Arrumava em pratos, pelos cantos, com flores e velas e fitas, para que os espaços ficassem mais bonito.

Como uma fome, me dava. Mas uma fome de ver, não de comer. Sentava na sala toda arrumada, tapete escovado, cortinas lavadas, cestas de frutas, vasos de flores - acendia um cigarro e ficava mastigando com os olhos a beleza das coisas limpas, ordenadas, sem conseguir comer nada com a boca, faminto de ver. À medida que a casa ficava mais bonita, eu me tornava cada vez mais feio, mais magro, olheiras fundas, faces encovadas. Porque não conseguia dormir nem comer, à espera dele. Agora, agora vou ser feliz, pensava o tempo todo numa certeza histérica. Até que aquele cheiro de alecrim, de hortelã, começasse a ficar mais forte, para então, um dia, escorregar que nem brisa por baixo da porta e se instalar devagarzinho no corredor de entrada, no sofá da sala, no banheiro, na minha cama. Ele tinha chegado.

Esses ritmos, só descobri aos poucos. Mesmo o cheiro de hortelã e alecrim, descobri que era exatamente esse quando encontrei certas ervas numa barraca de feira. Meu coração disparou, imaginei que ele estivesse por perto. Fui seguindo o cheiro, até me curvar sobre o tabuleiro para perceber: eram dois maços verdes, a hortelã de folhinhas miúdas, o alecrim de hastes compridas com folhas que pareciam espinhos, mas não feriam. Pergunte o nome, o homem disse, eu não esqueci. Por pura vertigem, nos dias seguintes repetia quanto sentia saudade: alecrim hortelã alecrim hortelã alecrim hortelã alecrim.

Antes, antes ainda, o pressentimento de sua visita trazia unicamente ansiedade, taquicardias, aflição, unhas roídas. Não era bom. Eu não conseguia trabalhar, ira ao cinema, ler ou afundar em qualquer outra dessas ocupações banais que as pessoas como eu têm quando vivem. Só conseguia pensar em coisas bonitas para a casa, e em ficar bonito eu mesmo para encontrá-lo. A ansiedade era tanta que eu enfeiava, à medida que os dias passavam. E, quando ele enfim chegava, eu nunca tinha estado tão feio. Os dragões não perdoam a feiúra. Menos ainda a daqueles que honram com sua rara visita.

Depois que ele vinha, o bonito da casa contrastando com o feio do meu corpo, tudo aos poucos começava a desabar. Feito dor, não alegria. Agora agora agora vou ser feliz, eu repetia: agora agora agora. E forçava os olhos pelos cantos de prata esverdeadas, luz fugidia, a ponta em seta de sua cauda pela fresta de alguma porta ou fumaça de suas narinas, sempre mau, e a fumaça, negra. Naqueles dias, enlouquecia cada vez mais, querendo agora já urgente ser feliz. Percebendo minha ânsia, ele tornava-se cada vez mais remoto. Ausentava-se, retirava-se, fingia partir. Rarefazia seu cheiro de ervas até que não passasse de uma suspeita verde no ar. Eu respirava mais fundo, perdia o fôlego no esforço de percebê-lo, dias após dia, enquanto flores e frutas apodreciam nos vasos, nos cestos, nos cantos. Aquelas mosquinhas negras miúdas esvoaçavam em volta delas, agourentas.

Tudo apodrecia mais e mais, sem que eu percebesse, doído do impossível que era tê-lo. Atento somente à minha dor, que apodrecia também, cheirava mal. Então algum dos vizinhos batia à porta para saber se eu tinha morrido e sim, eu queria dizer, estou apodrecendo lentamente, cheirando mal como as pessoas banais ou não cheiram quando morrem, à espera de uma felicidade que não chega nunca. Ele não compreenderia. Eu não compreendia, naqueles dias - você compreende?

Os dragões, já disse, não suportam a feiúra. Ele partia quando aquele cheiro de frutas e flores e, pior que tudo, de emoções apodrecidas tornava-se insuportável. Igual e confundido ao cheiro da minha felicidade que, desta e mais uma vez, ele não trouxera. Dormindo ou acordado, eu recebia sua partida como um súbito soco no peito. Então olhava para cima, para os lados, à procura de Deus ou qualquer coisa assim - hamadríades, arcanjos, nuvens radioativas, demônios que fossem. Nunca os via. Nunca via nada além das paredes de repente tão vazias sem ele.

Só quem já teve um dragão em casa pode saber como essa casa parece deserta depois que ele parte. Dunas, geleiras, estepes. Nunca mais reflexos esverdeados pelos cantos, nem perfume de ervas pelo ar, nunca mais fumaças coloridas ou formas como serpentes espreitando pelas frestas de portas entreabertas. Mais triste: nunca mais nenhuma vontade de ser feliz dentro da gente, mesmo que essa felicidade nos deixe com o coração disparado, mãos úmidas, olhos brilhantes e aquela fome incapaz de engolir qualquer coisa. A não ser o belo, que é de ver, não de mastigar, e por isso mesmo também uma forma de desconforto. No turvo seco de uma casa esvaziada da presença de um dragão, mesmo voltando a comer e a dormir normalmente, como fazem as pessoas banais, você não sabe mais se não seria preferível aquele pântano de antes, cheio de possibilidades - que não aconteciam, mas que importa? - a esta secura de agora. Quando tudo, sem ele, é nada.

Hoje, acho que sei. Um dragão vem e parte para que seu mundo cresça? Pergunto - porque não estou certo - coisas talvez um tanto primárias, como: um dragão vem e parte para que você aprenda a dor de não tê-lo, depois de ter alimentado a ilusão de possuí-lo? E para, quem sabe, que os humanos aprendam a forma de retê-lo, se ele um dia voltar?

Não, não é assim. Isso não é verdade.

Os dragões não permanecem. Os dragões são apenas a anunciação de si próprios. Eles se ensaiam eternamente, jamais estréiam. As cortinas não chegam a se abrir para que entrem em cena. Eles se esboçam e se esfumam no ar, não se definem. O aplauso seria insuportável para eles: a confirmação de que sua inadequação é compreendida e aceita e admirada, e portanto - pelo avesso igual ao direito - incompreendida, rejeitada, desprezada. Os dragões não querem ser aceitos. Eles fogem do paraíso, esse paraíso que nós, as pessoas banais, inventamos - como eu inventava uma beleza de artifícios para esperá-lo e prendê-lo para sempre junto a mim. Os dragões não conhecem o paraíso, onde tudo acontece perfeito e nada dói nem cintila ou ofega, numa eterna monotonia de pacífica falsidade. Seu paraíso é o conflito, nunca a harmonia.

Quando volto apensar nele, nestas noites em que dei para me debruçar à janela procurando luzes móveis pelo céu, gosto de imaginá-lo voando com suas grandes asas douradas, solto no espaço, em direção a todos os lugares que é lugar nenhum. Essa é sua natureza mais sutil, avessa às prisões paradisíacas que idiotamente eu preparava com armadilhas de flores e frutas e fitas, quando ele vinha. Paraísos artificiais que apodreciam aos poucos, paraíso de eu mesmo - tão banal e sedento - a tolerar todas as suas extravagâncias, o que devia lhe soar ridículo, patético e mesquinho. Agora apenas deslizo, sem excessivas aflições de ser feliz.

As manhãs são boas para acordar dentro delas, beber café, espiar o tempo. Os objetos são bons de olhar para eles, sem muitos sustos, porque são o que são e também nos olham, com olhos que nada pensam. Desde que o mandei embora, para que eu pudesse enfim aprender a grande desilusão do paraíso, é assim que sinto: quase sem sentir.

Resta esta história que conto, você ainda está me ouvindo? Anotações soltas sobre a mesa, cinzeiros cheios, copos vazios e este guardanapo de papel onde anotei frases aparentemente sábias sobre o amor e Deus, com uma frase que tenho medo de decifrar e talvez, afinal, diga apenas qualquer coisa simples feito: nada disso existe.

Nada, nada disso existe.

Então quase vomito e choro e sangro quando penso assim. Mas respiro fundo, esfrego as palmas das mãos, gero energia em mim. Para manter-me vivo, saio à procura de ilusões como o cheiro das ervas ou reflexos esverdeados de escamas pelo apartamento e, ao encontrá-los, mesmo apenas na mente, tornar-me então outra vez capaz de afirmar, como num vício inofensivo: tenho um dragão que mora comigo. E, desse jeito, começar uma nova história que, desta vez sim, seria totalmente verdadeira, mesmo sendo completamente mentira. Fico cansado do amor que sinto, e num enorme esforço que aos poucos se transforma numa espécie de modesta alegria, tarde da noite, sozinho neste apartamento no meio de uma cidade escassa de dragões, repito e repito este meu confuso aprendizado para a criança-eu-mesmo sentada aflita e com frio nos joelhos do sereno velho-eu-mesmo:

- Dorme, só existe o sonho. Dorme, meu filho. Que seja doce.

Não, isso também não é verdade.

domingo, 3 de janeiro de 2010

O Novo!

Começa um novo ano, um novo tempo.
um tempo de esperança, de acreditar em si, de acredita em nos.
Tempos que não se deve esperar mais doque a decadencia da humanidade.
Você acredita na evolução? eu acredito na regreção da humanidade.
Não andamos mais evoluindo, muitos acham que a tecnologia é a evolução,
mais não sabe o quanto ela faz nos andarmos pra tras.
não somos mais as mesmas pessoas, não temos mais os mesmos sentidos.
olha pro nada e pensar mil coisas que não tem um sentido é não conseguir enchegar o alem.
o mar é bem maior doque qualquer problema que exista dentro de você.
e tantas pessoas la fora com coisas piores que as nossa e superando e nos?
Oque fazemos? entramos em depressão, se trancamos no quarto, sentamos a bunda no pc e começamos
a conversa com pessoas que nunca vimos na vida, e achando que são nossos melhores amigos.
Tem tenta coisa que se perdeu com isso, e a comunicação dentro de casa?
Pais e filhos hoje não se dão nem bom dia, sentão pra ter suas refeições enfrente a uma tela com tanta coisa ruim.
É o fim que se aproxima, viva o hoje e o amanha sera um novo hoje!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Você e Eu

Um dia eu acordei e encontreia minha felicidade, encontrei você!
Então minha vida começou a ter sentido, a ter um rumo, um objetivo.
Fui te conhecendo bem rapido, e com o tempo me apaixonando ,
me encantando com a sua beleza, sua simpatia, com seu jeito meigo e carinhoso.
Assim fomos criando um grande laço de amizade, amizade tal que é incompreensivel, inesplicavel.
Até hoje não entendo oque aconteceu entre nos dois,
Mais ainda bem que aconteceu.
Deus é muito perfeito quando esta fazendo o seu querer.
Ele me deu você quando eu mais precisava, quando eu estava sem ter pra onde ir.
Estava perdido no meio de tantas pessoas, mais aidna sim perdido.
E você me achou, você me mostrou um novo sentido para vida!
E então? Brigas ne? Pensamentos idiotas? Choros ? Sorrisos ?
Mais nossa amizade so cresce!  Cada dia que passa  eu agradeço a Deus mais e mais,
Por te me dado você como presente. Um presente que nunca vou ter como pagar.
Mais Deus sabe o meu agradecimento a ele por você esta aqui comigo.
Você é meu anjo da guarda!   Bárbara Hellen Rodrigues Alves Eu te amo

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Amanhecer!

Amanhece e com o novo dia vem a esperança!
Isso é muito bom, não podemos viver sem esperança em um novo dia,
sem acreditar que esse dia será melhor que ontem.
Mais ainda a muitos que amanhecem com a monotonia.
Sem um pingo de esperança no coração, com a conformação da rotina em sua vida,
sem acreditar que será um dia diferente, um dia de revolução da sua vida!
Esses ja se acostumaram com a rotina, com o mesmo de sempre.
As mesmas pessoas, os mesmos lugares, as mesmas coisas todos os dias.
E pra esses não faz a minima diferença, ser ou não um dia com esperaça.
Mais e você? Vive com a esperança?  Ou viva com a monotonia?
Vou deixa uma mensagem aqui pra quem lê. "So você Bárbara que ler mesmo"

"  Abra a cabeça, guarana é Kuat! "

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O Fim e O Começo

Quando estamos perto do fim, começamos a pensar em todo nosso trajeto até ali,
Tudo vai vindo a memoria e começamos a lembrar de nossas mãe nos contando sobre nossa infância.
Festinha de 1 ano, quando começamos a andar, a falar, a escrever, e o quanto ela se orgulhava.
Lembramos do esforço de nossos pais para nos criar, acordando na madrugada cançados so para vê
se ainda respiravamos, se estavamos confortavel em nossos berços.
E lembramos tambem, das decepções que os fizemos passar.
Por uma nota ruim na escola, uma ordem não cumprida, um dever mal feito, respoder-los quando deveriamos ter ficado em silêncio.
E em um determinado dia da sua vida, começamos a se lamentar de tudo que fizemos,
por mais que seja, sempre pensamos que nunca fizemos oque tinha que ser feito por eles!
Chegamos a nos derramar em lagrimas, mais pra quer? Você acha que chorar limparar seu passado?
Que vai concerta seus erros? Que vai fazer você voltar ao passado e mudar oque você ja errou?
Não, Devemos levanta a cabeça, olhar para frente e determina que vamos tentar fazer as coisas certas.
Não certa pra uns, ou para outros, certas para nos mesmo, para que futuro não venhamos lamentar outra vez.
Pois ae talves seja tarde demais para um novo começo.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Ficha de Recrutamento:

- Nome, idade e Cidade:
- Jonnas Phillips de Carvalho, 19 anos, Botafogo - RJ
- Com qual Classe pretende jogar?
- Sumo Sacerdote
- Está disposto a mudar de classe, caso seja necessário suprir necessidades da guild?
- sim, SL or Gypsy.
- Disponibilidade para WoEs de Quarta e Domingo:
- Sim, todas!
- Guilds Anteriores e motivo de sua saida:
- DownDreams [ BRO - Break Guild ], FlyAway [ RagnaDivest - Wipe Serve], Shattering Hearts [ RaijeRO - Wipe Serve],
Trouble [ Ragnarise - Leader Quit / Desanimo ]
- Porque está buscando a pwnography?
- É uam guild com boa jogabilidade, tem organização, determinação. Uma guild com a qual eu possa
aprender muito mais sobre o joguinho Koreano *-*
- Diga-nos porque deveremos te recrutar:
- Estou em busca de novos conhecimentos, e vocês são todos muito bons.
Estou disposto a aprender oque vocês tem para me ensinar, e tambem sei fazer minha função em WOE e PVM.
- Escreva detalhadamente como sua classe deve agir na WoE, em um GvG, Def e Strike:

GvG: Sempre dar suport a party, pelo alt+z rebuffando, spmando KE all time, sufragium eventualmente caso vejo q não ta sendo eficiente ou bragi ou o mesmo morreu, pneuma na frente do ME, ou quando alguém der miss click dar pneuma seguido de spam de KE, dependendo da circustancia posso ao invez de spamar KE, spamar Lex caso tenha uma investida da nossa guild, sempre mesclar /effect pra acompanhar o ME, e claro, sempre me ligando em quem ta de bad status pra dar recovery.
Imp. Manus nos Champs e Sinx, almentando o dano e assim facilitando os killers.

DEF: Posso ficar de suport all time, rebuffando pelo alt+z, dando spam de Lex e agi down em quem venha numa revestida contra a guild, Olhando os players de bad Status para dar recovery,
Santuary nas barricadas de staff+9, dificultando A passagem deles para o a Emp. Se eu for keeper fico mantendo santuary no emp e spam de SW, potando durante um strike de outra guild pra que eu não venha morrer e deixar quebrarem a Emp. Spam de pneuma na frente do nosso Me, e nos miss clicks,
SW na frente do Me deles, assim facilitando para os AD's matarem!
Se for def 1.0 rola de spamar Lex em quem entra no pré-cast e decrease agi pra que eles possam morrer antes das traps.

Strike: Entrar junto com a guild e permanecer compacto no ME durante todo o strike, sempre dando spam de Pneuma na frente do nosso ME e nos miss click, seguidod e spam de KE.
SW na frente do ME deles para facilitar a morte deles para os nossos AD's.
Pneuma no Prof Que vai queimar ME deles. Dificultando a morte dele para os AD's inimigos.
suport na guild, para que ninguém morra e sempre spamando Lex e agi Down na guild inimiga Tambem para que a eficiência do strike seja maximizada, e se o objetivo for quebrar a Emp no rush,
posso Tambem ir avançando rápido para dar suport para as classes break keepando eles enquanto batem na Emp, dando gloria e Aspersio. para facilitar o break da emp. Pneuma na Emp, para a Guild Def não venha colocar SW na emp, dificultando nosso strike. E claro alt+z rebuff, KE, Gloria e tals every time.
Atendo aos Player que estão com as armaduras quebradas, dando recovery para que venhamos ter um maior desempenho no Strike.

- Status finais do boneco:

STR: 30+17
AGI:1+20
VIT:82+8
DEX:99+26
INT:44+22
LUK:1+34

HP:12.358
SP:1.669


- Build skills finais:
Noviço:
Cura lvl10, agi up lvl10, divine lvl5, agi down lvl 2, angelus lvl2, revelação lvl1, telepot lvl2, warp lvl4,
pneuma lvl1, Agua B lvl1, Medicar lvl 1.
Sumo Sacerdote:
KE lvl10, Magnif lvl3, gloria lvl3, recovery lvl1, Increa. S. Power lvl5, Lex divina lvl5, lex Aeterna lvl1,
Imp. Manus lvl5, Sufragio lvl3, Sactuary lvl7, Aspersio lvl4, Meditatio lvl7, Assumptio lvl5, e SW lvl10.

- Equipamentos Atuais e finais:[B]

[b]Headgear(Upper):Feather Beret +7 branca
Headgear(Middle): Bluss of Groom
Headgear(Lower): Torrada / G - Pipe
Body: Divine Clothes +7 [marc] / BG armor +7 [marc]
Weapon: Maça Longa +4
Shield: Valk Shield +7 [thara]
Garment: Wool +7 [raydric] / BG Garment +7 [ray]
Footgear: Tidal +7 [green ferus] / BG Footgear +7 [green ferus
Accessory 1: Diablus Ring [Aligator]
Accessory 2: Diablus rung [Aligator]

Switchs? foods?
Staff of Recovery+9, Diablus Ring [smokie].
7 DEX.

- Nick para contato:
- Pastor Serafim
- Tem o costume de frequentar o TS? Por mim, moraria no TS *-*

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Uma nova amizade

Então pessoal, acho que cada dia tem uma surpresa para todos.
Um tempo atras conheci alguem superficialmente que me deu um gas.
Mais com o tempo veio se mostrando melhor doque eu poderia imaginar,
A agora vejo que é muito mais muito melhor doque eu poderia imagiar que seria.
Mesmo com tantas dificildades, ela é uma pessoa tão linda, carinhosa, alegre
e uma emozinha tão fofa *-*
Espero que cada dia mais você me surprienda com sua amizade.
Vi que você depositou um grande grau de confiança em mim, e pode crer que tenho em você.
Parece cedo pra umas pessoas, mais para mim é o suficiente pra dizer que você é sim
importante pra mim, acho que nos daremos muito bem.
Espero conseguir te fazer muito feliz com a minha amizade,
sei que não é a melhor que você vai ter mais eu darei o meu melhor.
Tem coisas que questionamos tantos, mais nunca queremos saber se era pra ser.
se era a hora certa de acontecer, se deus queria que acontecesse.
So sabemos reclamar, mais deus nunca faz nada envão bê.
Sei que não posso mudar muita coisa, mais oque eu puder mudar pra te fazer mais feliz cada dia,
eu não pouparei esforços.

Estou adorando te conhcer, Bárbara Rodrigue